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E vamos a Barcelos fazer o quê?

Editorial assinado por Francisco Fonseca, Director do Barcelos Popular

Barcelos é um concelho conhecido pela arte popular, em particular pelo seu artesanato.

Tem projecção a nível nacional e, figuras como Rosa ou Júlia Ramalho, os Mistérios, João Lourenço, Ana Baraça ou Júlia Côta, por exemplo, são artistas que levaram e continuam a levar o nome do concelho a muitos cantos do país e até da Europa. A nossa Feira Semanal, a Feira do Livro, a Festa das Cruzes e a Mostra de Artesanato, por exemplo, também são momentos que projectam a nossa identidade e os nossos costumes. Mas tudo isto é pouco para fazer de Barcelos um centro atractivo para o turismo. Será preciso muito mais. 

Não podemos viver dos turistas que nos visitam apenas nas Cruzes, na Mostra do Artesanato ou Feira Semanal. É fundamental criar mais projectos de atracção. Lembrem-se tantas vezes que visitamos outros países e nos sujeitamos a visitas programadas de polos culturais de nada ou coisa nenhuma. Lembra-me de outros fazerem do quase nada ofertas que constam dos roteiros e cartazes turísticos nacionais.

Barcelos tem lugares de grande valor patrimonial para integrar circuitos culturais: pode fazer visitas guiadas a ateliês de artesãos, quintas de vinhos locais, jantares programados com animação associados a este tipo de visitas, palestras, turismo fluvial, serenatas de verão, bailes e verbenas de rua em lugares tão bonitos como o centro histórico ou quintas.

Neste contexto, não podemos esquecer o turismo religioso como o que nos atravessa o concelho rumo a Santiago de Compostela. É verdade que temos albergues e alojamentos locais que dão resposta, mas não podemos ficar para trás na captação deste tipo de turismo que terá que ser feito nos países de origem ou nos aeroportos como faz a Câmara de Esposende e que desviou muitos dos peregrinos que passavam pelo caminho de Barcelos, para o seu caminho do litoral. 

É preciso promoção e programas atractivos, criar roteiros para vender nas agências de viagens, circuitos promocionais, grandes eventos, espectáculos, porque, de contrário, fica sempre a pergunta:

- E vamos a Barcelos fazer o quê?

Opinião

Francisco Fonseca
03 de Ago de 2023 0

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