
“Crónica de uma morte anunciada”
Com excepção de dois ou três alienados, que não tê...
Nós, Barcelos Popular, não nos transformamos numa coisa diferente, que acompanha as ondas do poder.
Já lá vão 36 anos e nós continuamos aqui. Passaram câmaras do PSD e do PS e nós continuamos aqui. Outros caíram ou deixaram-se resvalar para campos pantanosos lavrados por poderes interesseiros e nós continuamos aqui. Vieram-se crises económicas, da imprensa escrita, do desinteresse pela defesa da coisa pública e nós continuamos aqui. Ameaçaram-nos de todas as formas e feitios e nós resistimos. Vêm tempos difíceis e nós haveremos de continuar aqui, porque, afinal o jornalismo que prometemos fazer em 1976, quando ainda éramos um grupo de jovens que queria mudar o futuro do concelho, ainda faz parte da nossa identidade. Nós, Barcelos Popular, não nos transformamos numa coisa diferente, que acompanha as ondas do poder.
Mudaram os homens que mandam no concelho e com essa mudança os interesses e as vontades, mas nós continuamos aqui, sérios, verticais na nossa idiossincrasia, a defender o interesse público.
Nunca fomos amigos do poder, não queremos ser, porque o jornalismo é contrapoder, define-se pela urgência da notícia, da denúncia, de aclarar a opinião à opinião pública para que todos saibam como corre o mundo que nos rodeia. O jornalismo serve para isso: esclarecer, ajudar a formar quem quer discutir e não tem a petulância de se afirmar único pêndulo da verdade.
Ao longo destes 36 anos a vida não foi fácil. Mas deu para mostrar que cada um dos que faz o BP pode andar na rua de cabeça levantada e isso é prova de que cumprimos o nosso papel e de quem nos receia é porque não se pode mover da mesma forma.
Não é preciso evocar a nossa condição de filhos da Revolução. Basta dizer da transparência e seriedade com que sempre estivemos ao longo desta vida ainda curta, mas muito importante para o concelho. Basta reafirmar que somos livres e, com o esfoço de todos, principalmente dos trabalhadores e jornalistas do BP, havemos de continuar, apesar de termos que lutar eternamente contra o poder, venha ele donde vier.
Parabéns aos jornalistas e trabalhadores do Barcelos Popular que ao longo destes 36 anos fizeram dele uma tribuna de liberdade.
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