Tal como as respostas da Câmara Municipal de Barcelos não são um favor que fazem ao Barcelos Popular, mas, também, uma obrigação dos eleitos locais de responderem perante os barcelenses que lhes dão, a cada quatro anos, a responsabilidade máxima de gerir os destinos do concelho. Chama-se a isto escrutínio sobre a actuação de pessoas a quem não lhes foi, certamente, apontada uma arma à cabeça para se candidatarem a cargos políticos. 

É por isso de lamentar a falta de respeito, e, não raras vezes, a petulância com que quem dirige o gabinete de comunicação da Câmara e, no limite, o seu responsável máximo, o presidente do Município, Mário Constantino, nos tenta atirar areia para os olhos com "não-respostas", como aconteceu mais uma vez com este trabalho. Com a agravante, no caso, de ser um assunto que envolve investimentos de milhões de euros e que dependem, não só mas também, do aval do executivo municipal. 

Bem pode a propaganda da Câmara enviar para os jornais online ou nacionais artigos de opinião assinados pelo presidente Mário Constantino, lançar uma revista paga pelos munícipes, com o pomposo nome de Câmara Aberta, recusar, como o fez da última vez, convites para entrevistas ao Barcelos Popular, ou o estratega-mor desta tentativa de nos boicotar continuar a insultar-nos, semana após semana nas redes sociais, perante a passividade, logo a anuência do homem que exerce o principal cargo do concelho. 

Escrutinamos os executivos municipais há já 48 anos e, certamente o continuaremos a fazer depois de Outubro, com os mesmos ou novos protagonistas, é indiferente. Espero, pelo menos, com melhores.