100 anos de Gil Vicente
O Gil Vicente merece uma homenagem. Não apenas pel...
Volto a trazer a esta coluna dados importantes sobre a economia portuguesa, anunciados na passada semana pelo Banco de Portugal, e que dão conta de um excedente externo no valor de 996 milhões de euros durante o primeiro trimestre de 2023, fortemente motivado pelo aumento das exportações. Esta é uma evolução muito positiva, considerando que, em igual período do ano passado, o país registou um défice de 1.540 milhões de euros.
Lembramos, também, o facto de que, no mesmo período, a economia portuguesa cresceu quatro vezes mais do que a média da OCDE, sendo o segundo melhor desempenho entre os 38 países que integram esta organização.
Perante a evidência destes factos, os partidos da oposição procuram a todo o custo desviar a atenção dos portugueses para episódios secundários, tentando retirar mérito ao Governo, desprezando o trabalho e o esforço diário dos cidadãos e transformando a discussão política numa caricatura que muito agrada à extrema-direita.
Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP a estratégia é a mesma, dando destaque à novela patética de um assessor que levou um computador do Ministério, procurando desviar as atenções do que veio à luz do dia: o nebuloso processo de privatização feito por Passos Coelho no seu governo de 27dias e os indecorosos malabarismos financeiros dos accionistas privados.
Por isso, há que retirar o assunto da agenda e lançar uma cortina de fumo! A direita e os seus guardas avançados são postos a dizer toda a espécie de banalidades na comunicação social, tentando criar a ideia que o país está à beira do colapso, quando o verdadeiro problema da direita são os sucessos do Governo e a gestão exemplar dos fundos comunitários. Uma gestão que tem andado arredada das mãos da direita e, esse sim, parece ser um grande problema para o PSD e respectiva clientela…
Nós entendemos que desviar as atenções do que é realmente importante para a vida das pessoas e não discutir de forma clara os problemas da sociedade, conforme as opções políticas de cada um, é perverter a convivência democrática e alimentar o populismo.
É o que está a acontecer com o justicialismo que contamina a sociedade e tenta condicionar a política através da manipulação de toda a espécie de informações sobre investigações judiciais ou outras. Ora, isto são já formas claras de destruição da nossa democracia e do modelo de sociedade que criamos há quase 50 anos.
Os casos judiciais que envolvem políticos, as disputas e problemas internos dos partidos não são diferentes, nem em maior número, do que em qualquer outra atividade ou organização, seja ela qual for, porque a sociedade é a mesma.
A transparência da política nada ganha com perseguições, tenham elas a forma de fugas de informação de processos em segredo de justiça, ou as que alimentam intrigas e sentimentos de vingança que nadam dignificam a democracia. Esse é o caminho do populismo e dos oportunistas que, sob a capa da indignação e da “moralização”, querem, de facto, destruir a democracia.
Por isso, na ação política, apenas um caminho se impõe: saber distinguir o essencial do acessório! E o essencial é o que diz respeito ao bem-estar dos cidadãos. Tudo o resto são manipulações que nada acrescentam à nossa democracia e à nossa sociedade.
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