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Provedor acusa Episcopado de ganância

Santa Casa ao lado da União das Misericórdias

O Provedor da Santa Casa da Misericórida teceu duras críticas à Conferência Episcopal Portuguesa.

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, António Brochado Pedras, diz que apoia a decisão da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e não cumprirá o decreto geral aprovado, recentemente, pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Em declarações à margem da conferência de imprensa de sexta-feira, que serviu para apresentar a nova unidade de Hidroterapia e anunciar a construção da Unidade de Cuidados Continuados, o dirigente comentou o polémico documento que defende que as Misericórdias são associações de fiéis, portanto, estão sujeitas à autoridade de cada Diocese. Pedras, tal como a UMP, não poupa nas palavras e diz mesmo que "ganância" é o "termo correcto" para classificar a posição do Episcopado, que, "de forma abusiva e unilateral", pretende apoderar-se de património privado.

Actualmente a Santa Casa tem 19 hospitais, 440 lares, 350 centros de convívio, 50 museus e dá assistência a mais de meio milhão de pessoas. Talvez por isso, afirma o Provedor, este património seja apetecível à Igreja: "Nunca em 500 e tal anos os senhores bispos mandaram nas Misericórdias. Nunca pedimos autorização ao Arcebispo de Braga para fazer o que quer que seja. Nunca!". Para Pedras, que insistiu no apelo ao CEP para que recue na intenção, nem no tempo da 1ª República os bens das Misericórdias estiverem em questão, facto que "é a maior prova de que nunca houve confusão entre os bens da Misericórdia e os bens da Igreja. Talvez para a centralização da pastoral social desse jeito a Igreja além do que tem ter isto. Mas não pode ser".

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Barcelos Popular
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14 de Out de 2010 0

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