Uma fuga de gás no cruzamento entre a Rua Irmãs S. Romão e a Avenida D. Nuno Álvares Pereira, em pleno centro da cidade, à hora do almoço de terça-feira, obrigou a PSP a evacuar alunos, professores e funcionários da Escola Secundária Alcaides de Faria (ESAF), bem como lojas, cafés e habitações da zona. O risco de explosão era grande quando, por volta das 13h15, a força de segurança e os bombeiros foram chamados ao local. A altura até nem era das piores, pois os estudantes da ESAF estavam de saída, muitos deles nas paragens de autocarro da avenida. Prontamente os guardas começaram a avisar do perigo, ordenando a evacuação das ruas, e logo fizeram um perímetro de segurança de vários metros. Apesar da curiosidade que toma sempre conta das pessoas nestas alturas, o cheiro intenso que se fez sentir fez com quase todos acatassem as ordens e não passassem para lá das fitas da PSP. Um dos polícias com que o BP conversou no local disse que o mais complicado estava a ser a retirada dos moradores dos seus apartamentos, pois não sabiam se aqueles que não atendiam as chamadas estavam ou não em casa.

O aparato foi enorme, mas felizmente não passou de um grande susto que poderia ter tido consequências muito graves. Os cerca de 20 minutos em que o cheiro intenso provocou o medo nas pessoas e alguns estudantes da ESAF iam dizendo entre eles que já começavam a sentir algumas dores de cabeça. Passava pouco das 13h45 quando os responsáveis da City Gás confirmaram que o gás já tinha sido cortado, já não havendo, portanto, fuga.

"Ouvi um barulho forte a 50 metros"

Embora um dos alunos com quem o BP falou tenha dito que ouviu "um barulho forte a 50 metros", a verdade é que ainda não são oficiais as causas do incidente. Provavelmente terá sido algum problema no decorrer da obra na Rua Irmãs S. Romão. Ruben Pereira, do 10ºH, afirmou que lhes foi dito que havia "gás a sair na rua e que podia ir tudo pelos ares com um simples isqueiro aceso. Alguns alunos e professores até se sentiram mal com o cheiro intenso".

Em comunicado a meio da tarde, o director da ESAF, David Lourenço, esclareceu que a evacuação da escola tinha decorrido com "tranquilidade" não tendo havido "qualquer dano físico a lamentar". O regresso às aulas deu-se pouco depois das 14h.