O Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) apresentou um parecer a recomendar os concessionários da rede de água e saneamento a acabar até cinco anos com os custos cobrados pelo início do serviço (celebração do contrato, execução de ramais, instalação do contador). Sugere ainda aplicar uma tarifa social para as famílias com menor rendimento e mais numerosas, pois trata-se de um serviço público essencial. No caso das águas, "deve concretizar-se na isenção das tarifas fixas e aplicação ao consumo total do utente das tarifas variáveis do escalão 1, até ao limite mensal definido pela entidade titular". Na gestão dos resíduos deve haver isenção da tarifa fixa.

Confrontada com as recomendações, a Águas de Barcelos (AdB) disse que "não se pode pronunciar sobre um tema que será analisado em fórum próprio entre a concedente (Câmara) e concessionária (AdB), nos precisos termos contratuais e espírito de grande abertura, onde as partes irão certamente empenhar-se a bem da população"

À resposta não é alheio o facto de a Câmara estar a passar do PSD para o PS, que quer baixar o preço da água para metade.

A AdB referiu recentemente que o seu preço é determinado fundamentalmente pelo custo da aquisição à Águas do Cávado e da distribuição com qualidade.

A extensão geográfica e a dispersão dos agregados populacionais levam a que Barcelos tenha das maiores redes de água e saneamento nacionais. Um quilómetro de rede serve em média trinta utentes, um dos rácios mais baixos do país. O IRAR quer harmonizar os tarifários praticados pelos municípios, dado haver enorme disparidade.