Este é a segunda edição consecutiva que a aluna da Escola Secundária/3 de Barcelinhos, de 16 anos, marca presença na grande final do concurso, que foi disputada em finais de Maio e transmitida pela RTP a 13 de Junho. Em 2008, Ana Andrade já havia conseguido uma honrosa quarta posição na categoria de ensino básico.

Antes de chegar à etapa decisiva da competição, a jovem estudante de Ciências e Tecnologias (11º ano) teve que se aplicar nas duas fases iniciais. Primeiro evidenciou-se a nível de escola e arrebatou o primeiro lugar, apurando-se assim para a prova distrital, onde também saiu vitoriosa. Depois, já na fase final, Ana Andrade, natural de Carapeços e residente em Remelhe, voltou a destacar-se na pré-selecção, ficando entre os seis melhores alunos do país. A testemunhar o êxito alcançado estiveram os pais, a irmã, duas amigas e ainda Florinda Bogas e Aida Lemos, professoras na Secundária/3 de Barcelinhos.

Assumidamente tímida, Ana Andrade encontrou na escrita a melhor forma para se expressar. Aprecia o “reconhecimento”, mas confessou que não se sente muito à-vontade a falar – “isso aí é que é o problema”. Repetente na iniciativa, a vice-campeã louvou a evolução que houve este ano ao nível das regras, no seu entender mais adequadas aos propósitos do Plano Nacional de Leitura. A nova prova de escrita criativa agradou-lhe especialmente e não terá sido por acaso que foi a rubrica onde obteve “menos erros”.

Já a organização e a logística do evento mereceram as mais fortes críticas por parte da aluna, que enumerou a data escolhida e o espaço onde se realizou a iniciativa, o Cine Teatro da Encarnação, como os principais “pontos fracos”. O concurso “pecou nestes e noutros aspectos, como nos atrasos das filmagens, na alimentação e a falta de ar condicionado”, referiu ainda. Condições adversas que não impediram, contudo, que a jovem barcelense conquistasse um brilhante segundo lugar na iniciativa, promovida pela equipa do Plano Nacional de Leitura em articulação com a RTP, com a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas e com a rede de bibliotecas escolares.

De resto, confrontada com a questão se já há nova publicação na calha, Ana Andrade é parca em palavras. “Ideias existem sempre, mas por enquanto não há nada decidido”.