Depois do próprio presidente do município, Fernando Reis, ter anunciado, com pompa e circunstância, em plena inauguração de mais uma edição da Mostra de Artesanato, em 2007, que o espaço iria entrar em obras ainda nesse ano, a ideia caiu por terra. A autarquia, no Verão do ano passado, justificou a decisão, em reposta ao Barcelos Popular, com o facto de o QREN desse ano não ter entrado em vigor nas datas previstas. Logo, e apesar de já na altura o projecto estar concluído, ainda segundo a própria Câmara, o parque continuará como até então: esquecido e degradado.
Sendo um espaço com excelentes condições naturais para o lazer e a prática desportiva, pensou-se que desta “é que era” e que o parque iria, finalmente, ter uma “nova cara”. Mas não. O município recuou nas suas intenções e diz que agora ficará à espera que “a equipa gestora do QREN abra candidaturas para financiamento deste tipo de obras”.

Parceria Público Privada “esquece” Parque
O mais estranho neste recuo é o facto de a Câmara não se ter lembrado de incluir a obra de requalificação do Parque da Cidade – que, recorde-se, já está com projecto concluído –, na Parceria Público Privada, numa altura em que também irá avançar a concessão da exploração do parque de estacionamento subterrâneo no Campo da Feira. Portanto, seria uma forma de recuperar, quase em simultâneo, um espaço central da cidade.
“Antecipar infra-estruturas necessárias ao concelho”, dizia Reis, defendendo a necessidade da PPP. Pelos vistos, o Parque da Cidade não é uma infra-estrutura assim tão necessária.